quarta-feira, 23 de maio de 2012

Dona Clélia, uma história repleta de estórias...



Os paroquianos que residem na cidade de Siderópolis tem um privilégio que muitas paróquias gostariam de ter: uma mulher centenária, simpática, que tem uma conversa boa e conhece bem a história e a estória religiosa dessa cidade. Pois bem, numa quarta-feira eu fui conhecer essa pessoa, irmã na fé, a senhora Clélia Bicca de Oliveira, que tem 101 anos. Clélia nasceu em São Gerônimo-RS, no ano de 1910 e teve cinco filhos. Com seus traços “europeus” de Portugal, ela veio morar nesta cidade “Nova Belluno” no ano de 1955, onde foi bem acolhida pelos imigrantes italianos que aqui viviam.


Seu pai Quintino Gomes de Oliveira foi um dos fundadores da igreja matriz Nossa Senhora Aparecida. Ele foi fundador no sentido literal mesmo, isto é, ajudou a fazer o alicerce daquela que se tornou a nova igreja. (Aliás, hoje essa igreja é a segunda maior da diocese). Assim, pude perceber que tudo na vida de Clélia fala de fé e vida. Sua residência atual foi o primeiro seminário orionita. Eu conheci cada cômodo e com sua explicação fui imaginando como era aquela casa repleta de seminaristas, padres....ela ainda acrescentou que faltava quase tudo no seminário, mas a generosidade do povo satisfaziam aqueles que seriam os futuros padres da Igreja e do carisma orionita. Clélia disse que depois que o seminário mudou-se para o endereço fixo, atrás da igreja, a casa tornou-se, por pouco tempo, uma venda e depois disso ela adquiriu esse imóvel. Entretanto, mesmo sendo sua residência, os padres sempre participavam de sua vida indo a sua casa para dar bênçãos, levar a Sagrada Eucaristia, para tomar café da manhã, almoçar, entre outras refeições.




Ademais, Clélia destacou Pe. Pedro Pellanda, Pe. Domingos Sanguin e Pe. Patarello. Quando ela comentou sobre esses padres, seus olhos brilhavam de emoção e saudades de um tempo que se vivenciava a verdadeira amizade unida pela fé. Ela terminou a breve conversa dizendo: “gosto de notícias boas, não olho para as coisas ruins da vida. Leio muito e isso me faz ocupar o tempo e feliz”. Assim me despedi juntamente com seu filho Flávio e da sua cuidadora, com desejos de logo retornar, porque, como eu disse no início, sua simpatia e conversa saudável atrai qualquer um que saiba valorizar uma anciã que ama Jesus, amou e ama seus padres e continua a amar sua Igreja.

Padre José Luiz Sauer

sexta-feira, 18 de maio de 2012


Vocação ou profissão?

 “Por que você quer ser padre?” É a pergunta mais ouvida pelos seminaristas. E também a mais difícil de responder. Num mundo onde tudo tem (e deve ter) razão e explicação, o mistério já perdeu a graça.  Parece que querer ser padre é como querer ser médico ou engenheiro. Num certo momento da vida, você pára, pensa, pondera e decide: quero ser isso! Ou aquilo! Mas não é bem assim.
Para entender melhor é preciso fazer uma distinção.  Distinção entre o ser e o fazer. Há os que querem fazer algo e aqueles que querem ser algo. Para os primeiros, se opta por uma profissão. Já para os segundos, segue-se uma vocação.  E vocação é diferente de profissão. Na vocação, a pessoa encontra a felicidade em ser aquilo para o qual sente-se naturalmente inclinado. Na profissão o prazer não se encontra nem mesmo na ação, mas no ganho que dela se deriva.
Por isso, há, por exemplo, os jardineiros e aqueles que fazem o que faz um jardineiro. Os que são jardineiros por vocação, amam os jardins de todos, enquanto que os jardineiros por profissão usam o jardim de todos para construir seu jardim privado. Quem tem vocação é um amante e amor é sempre mistério, não dá pra ficar explicando. E é bom que seja assim. 
Agora volto à idéia do primeiro parágrafo. Consagrar-se à Deus não pode ser uma escolha profissional. Não se pode ser padre ou religioso simplesmente porque não se quer ser outra coisa. Ou porque não quer se casar ou constituir família. Ou ainda porque quer-se ajudar os pobres ou servir ao povo, ainda que isso seja belo e justo. É preciso ir um pouco além. Vocação é um chamado interior de amor, amor inexplicável que consome e chama, chamado este de amor por um ‘ser’. De um “ser amor” com o mundo.
Assim, eu acho que não há resposta cabível à pergunta mencionada no início deste texto, simplesmente porque a decisão de ser padre ou religioso é da ordem do mistério, uma vez que é vocação, coisa de amantes loucos que nunca souberam o que é razão. O amor de Deus é quem faz isso. Nós só respondemos, ainda que tão debilmente. Por isso, os religiosos fazem voto de pobreza, castidade e obediência que, pra mim, não são uma obrigação (isso é coisa dos que seguem uma profissão!) mas uma entrega. Fazê-mo-los porque não poderíamos viver de outro modo. Essa é nossa vocação.

Cl. Clayton Munhoz, orionita

segunda-feira, 7 de maio de 2012


Seminarista: jovem que faz a diferença!

Um jovem que entra para o seminário possui uma vida um pouco diferente da vida comum que levam os demais jovens. Ser seminarista é ter devoção e dedicação para com as coisas de Deus.

A idade mínima para entrar no seminário é por volta dos 15 anos, pois se considera que nesta fase o jovem já tem consciência de como é seguir a vida vocacional. “Para ajudar o jovem em suas escolhas e tirar suas dúvidas quanto à vida de um seminarista é que existe o estágio vocacional todos os anos”, informa o Clérigo Paulinho.

Ele conta brevemente como é a rotina no seminário: "Os seminaristas acordam por volta das seis e meia da manhã e iniciam o dia com a missa na capela do seminário, depois tomam seu café e vão para o colégio. Ao meio dia almoçam e em seguida fazem uma visita a Jesus Sacramentado. Durante a tarde realizam alguns afazeres da casa e também suas tarefas escolares na sala de estudos. Além disso, há momentos de oração individual e comunitária à tarde e antes do jantar. No período da noite rezam o terço mariano e assistem aos noticiários da televisão, a última oração do dia é realizada novamente na capela."

Tiago acredita que atuando como clérigo está contribuindo com o projeto de Deus. “Tenho a certeza de que estou no caminho correto e de que vale a pena ser consagrado a Jesus e a São Luiz Orione, pois como dizia também o grande São Francisco de Assis: é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a vida eterna”, ressaltou ele.

“Hoje posso dizer que sou um jovem ainda mais feliz, faço muitas coisas que um jovem comum faz, mas minha visão é sempre voltada para Deus e para os ensinamentos de São Luiz Orione. Desde pequeno eu sentia que tinha essa vocação e dizia para mim mesmo: serei um bom padre”, destacou Paulinho.
           
Sendo assim, o povo de Deus precisa rezar sempre pelas vocações para que mais jovens sintam-se tocados, despertem suas vocações e venham fazer parte do seminário.


Nos dias 19 e 20 de Maio será realizado um encontro vocacional no seminário São Pio X, você que esta na oitava serie do ensino fundamental pra cima sinta desde já convidado para ter um encontro pessoal com Deus em 
busca de sua verdadeira vocação. "A messe é grande e poucos os operários." (Mt, 9, 37.)

Iniciará as 08: 00 hs do Sábado e se encerará as 12:00 hs do Domingo. 
Contatos 0(48) 3435-3077 ou 0(48) 9662- 5138
Email: saopioxseminario@gmail.com ou tiagosousafdp@hotmail.com





Hora Santa Vocacional ( Rio Kuntz)


Aconteceu no dia 11 de Abril a Hora Santa Vocacional no Rio Kuntz. Um momento onde a comunidade e o seminário se uniram para rezar e pedir ao Senhor da messe novos operários e perseverança ao que já estão.  

terça-feira, 1 de maio de 2012

"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota." Madre Tereza